segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Entrevista comigo mesmo

Eu por Eu mesmo. Quem Eu sou? De onde Eu vim? Para onde Eu vou? Porque estou escrevendo Eu com letra maiúscula?

Todos os meus leitores querem saber quem é, na verdade, José Afonso de Paula, mais conhecido como Psychoze, ou simplesmente Zé. E nada melhor que uma entrevista com o criador do pqpze e ao mesmo tempo a pessoa a quem esse blog busca homenagear – esse grande personagem (mas humilde, sim, é verdade) - para abrir as postagens no "A inútil arte de desperdiçar seu tempo". O que passa pela sua cabeça? Quais suas angústias? O que faz da vida além de escrever essas baboseiras? Quanto tem na sua conta bancária? Quantas mulheres o sustentam?
Só eu mesmo poderia entender-me. Só eu mesmo seria capaz de compreender esta personalidade complexa em toda sua genialidade, seu caráter irrefutavelmente duvidoso, este homem atormentado e sofrido (porém macho) que sou eu mesmo, este pilantra de marca maior. Depois de muita insistência, consegui, com muito esforço e persistência, ter um tempo para mim mesmo e poder conceder a mim próprio esta ilustre entrevista, porque não me deixaria ser entrevistado por mais ninguém...

Zé – Zé, meu caro amigo, começarei perguntando-me de minha infância. Conte-nos sobre minhas origens.
Zé – Pois Bem, Zé, minha origem foi muito humilde e me entristece muito tocar nesse assunto, que prefiro guardar para mim próprio. Como estou dizendo para mim mesmo, e tenho certeza que mais ninguém vai ler essa porcaria, abrirei uma exceção e lhe contarei. As minhas dificuldades já se iniciaram na minha gestação, desde essa época, se me lembro bem, já não queria fazer parte desse mundo sofrido, dessa vida miserável, enfim, dessa porcaria toda que é viver. Já antevia os sofrimentos que iria passar nesse mundo miserável. Porém não teve jeito, depois de onze meses de gravidez (mesmo tempo de gestação do bicho-preguiça e também do porco) minha mãe já não suportava mais e me “botou” para fora, não que ela seja uma galinha. Foi a primeira vez que fora despejado na vida, e aquilo me doeu muito...
Zé – Como é que descobriu este meu talento para a palavra escrita?
Zé – Desde essa época. Ainda não sabia nem falar, e ainda não sei muito bem, mas já sabia escrever... (num cei?) Nunca tive a oportunidade de estudar, tive de trabalhar desde cedo...
Zé – Verdade? Isso é novidade para mim, sempre achei que eu era um atôa!
Zé – Pois então, na verdade sou sim. É que levo isso muito a sério, considero uma profissão.
Zé – Ah, muito bem. Mas, sobre os estudos, conte-me como eu consegui, sem nem mesmo ter estudado, estar cursando a faculdade de psicologia.
Zé – Na verdade só acompanho as aulas, nunca fiz vestibular. Simplesmente comecei a ir na faculdade e assistir as aulas, fazer as provas... me dão nota e tudo, e estou indo muito bem até. Já estou quase formando, creio que vou conseguir meu deploma! Se não conseguir arrumo um por outros meios, ou minto que tenho, como fazem os políticos...
Zé – Fiquei sabendo que eu já estou fazendo a monografia para a conclusão do curso. Como está indo? Do que se trata?
Zé – Sim. É interessantíssima! Não sei se sabe, mas o curso de psicologia é um dos cursos que tem mais mulheres. Entre 10 alunos do curso, 07 são do sexo feminino, 01 é traveco, 01 é viado, 01 é homem (que é onde me encontro nessa estatística, é claro) e 01 é de sexo indeterminado (ainda não descobri qual). Pois então, tenho uma hipótese do porque de tantas mulheres procurarem a psicologia. E é disso que se trata minha monografia. A psicologia é mais procurada devido a ainda ser muito relacionada a área da clínica, com a clássica visão da terapia onde você paga um profissional treinado para te escutar. Minha hipótese é de que a psicologia oferece, então, duas das coisas que mais atraem as mulheres: falar e gastar dinheiro com futilidades... As mulheres mais inteligentes, e que querem mais dinheiro pra gastar com as coisas ditas acima (por isso é praticamente os psicólogos em formação que sustentam os psicólogos já formados), percebendo isso – pois percebendo isso nelas próprias identificam nas outras – ingressam, então, para a clínica psicológica e, além do mais, mulheres adoram uma fofoca.
Zé – Diga-me, Zé, o que pretendo fazer depois de formado? Quais são meus planos para o futuro?
Zé – Na verdade, como bem sabe, não sou de fazer planos, muito menos para o futuro. E também, no bem da verdade, já nasci formado – afinal tenho uma forma, e muito bem formada por sinal. Mas, se se se refere-se a formar na faculdade, tenho pensado, em depois de formado, começar a estudar de verdade. Pretendo fazer o mobral e, quem sabe, depois, se conseguir tirar o 2º grau, tentar uma faculdade.
Zé – Zé, o que faço em minhas horas vagas?
Zé – Na verdade todas as minhas horas são vagas. Mas, entre outras coisas vagas, escrevo para o meu blog. Ele começou muito bem, pelo menos na intenção, tinha algumas coisas sérias, interessantes até, mas foi descambando de vez até culminar nessa entrevista... Além disso também jogo purrinha, escuto música, vejo filmes e faço até algumas resenhas para o blog. Também leio, na maioria coisas inúteis, para me inspirar para escrever para o blog. Além, claro, de treinar escarrada a distância.
Zé – Entre as coisas que tenho lido, pode dizer algumas para nossos leitores?
Zé – A última coisa que li foi de um autor muito bom, e que, inclusive, fez também uma entrevista com ele próprio, na qual me inspirei para fazer essa. Como sabe, não gosto de nada que dê muito trabalho, por isso prefiro roubar as idéias de outros. Esse autor ao qual me referia é Agamenon Mendes Pedreira. Um gênio! Entre outras coisas menos importantes tenho lido Platão, Kant, Freud...
Zé – Disse também que tenho escutado muita música. O que tenho escutado?
Zé – O meu artista favorito é Rogério Skylab, seguido de Beethoven, Mozart e Amado Batista. Entre outras coisas escuto jazz, blues e música de elevador.
Zé – É verdade que toco um instrumento?
Zé – Desculpe-me Zé, das minhas intimidades prefiro não comentar...
Zé – Ouvi dizer, meu nobre amigo, que faço parte de uma hempresa que resolve qualquer tipo de problema. Que hempresa é essa? Qual sua finalidade? Qual meu cargo nela?...
Zé – Verdade. Trata-se de uma hempresa de Resolução de Problemas, mas não posso dizer se faço parte dela, seus membros devem se manter no mais completo anonimato, homens sem sombra nem moral, suas identidades mantidas em sigilo completo, para a segurança deles mesmos, de seus familiares e da sanidade da sociedade em geral. Mais informações click aqui no aqui, não no último aqui, no primeiro aqui!
Zé – Zé, para terminar, uma última palavra.
Zé – Segundo o dicionário Aurélio, e conforme lembrado por Agamenon, Zwingliano.